sábado, 28 de outubro de 2017

Ensino religioso nas escolas

STF permite ensino religioso confessional em escolas públicas

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4439, que pedia o fim do ensino religioso confessional em escolas públicas. O ensino religioso confessional é aquele em que o ministrante das aulas pregasse seu religião para os alunos, como a catequese feita pela Igreja Católica. A ação pedia que os estudos religiosos fossem feitos somente de modo histórico e antropológico, ou seja, somente mostrar quais são os dogmas e ritos de cada religião, sem julgá-la como sendo certa ou errada. A votação terminou empatada em 5x5, com a ministra Cármen Lúcia desempatando, contra a ADI.

Cármen Lúcia deu o voto de minerva na votação do STF

Na prática, as leis continuam as mesmas, de modo que professores defendam suas crenças em salas de aula do ensino fundamental. Cabe lembrar que as aulas de ensino religioso são facultativas, ou seja, se o aluno não quiser fazer ou os pais não permitirem, as aulas não são obrigatórias. 


Polêmicas...

Essa ação do STF gerou uma certa polêmica, com pessoas que defendem a posição do Supremo discutindo com pessoas que são contra. Os argumentos de quem é contra tende muito para o fato de o Brasil ser um país constitucionalmente laico, de modo que não é função de escolas públicas defenderem certas religiões. Além disso, argumentam que isso é um tipo de doutrinação religiosa de crianças e adolescentes, pois os professores geralmente tem grande influência sobre seus alunos. Os que são a favor utilizam argumentos religiosos (que para mim são inválidos) e falam sobre o fato das aulas serem facultativas. 

O fato de as aulas serem facultativas também gera controvérsias. Alguns dizem que os alunos ficariam pressionados a assistir, pois seus amigos participariam das aulas e quem não assistisse ficaria excluído. Eu considero esse argumento um exagero. É impossível saber como é e como ficará o ensino religioso confessional daqui pra frente. Pelo fato de ser facultativo, eu acredito que a maioria dos alunos optarão por não fazer a matéria. Porém isso é somente um achismo. E caso isso se concretize, caso poucos alunos resolvam assistir às aulas não seriam eles os excluídos? 


Minha opinião

Embora eu ache que essa ação do STF tomou proporções exageradas, principalmente em redes sociais, eu sou contra o ensino confessional das escolas. Eu não creio que é papel do Estado interferir nas religiões das pessoas e muito menos gastar dinheiro público ao fazê-lo. Embora seja facultativo, imagine que um pastor esteja lecionando sobre a religião protestante em uma escola. Recursos públicos estão sendo gastos para ele estar ali. Assim, impostos de pessoas que não são protestantes estão sendo utilizados para ensinar uma religião que essas pessoas não acreditam. 

Abaixo tem um vídeo com uma opinião similar à minha:



sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O Estado Islâmico

Um pouco sobre o Estado Islâmico

Continuando a falar um pouco sobre os conflitos decorrentes da religião, aprofundaremos um pouco sobre o EI, visto que o grupo é um assunto muito pertinente e atual.

O Estado Islâmico do Iraque e do Levante é uma organização que atua no Oriente Médio e que busca unificar todos as religiões de religião muçulmana em um grande e único Estado Islâmico. Para isso, o grupo conta com um programa de propagandas muito bem confeccionado, que possui o objetivo de recrutar mais pessoas, especialmente jovens, para se juntarem ao grupo e aumentar o poder do EI.

Território que o EI reinvindica
O Estado Islâmico ganhou muita força no Oriente Médio, principalmente nos últimos 5 anos. O grupo costumava ser aliado da Al-Qaeda, mas o grupo que era liderado por Osama Bin Laden no passado rompeu laços com o EI por considerá-los muito violentos e de difícil diálogo. Isso mesmo, um grupo terrorista como a Al-Qaeda considera o Estado Islâmico muito violento, o que já dá para perceber o nível de violência do EI. O Estado Islâmico já foi responsável por centenas de ataques terroristas pelo mundo. O mais notório desses atentados sem dúvidas é o atentado de Paris em 2015. Nesse atentado, 129 pessoas morreram, sejam por fuzilamentos ou por explosões de bombas. Desde então, Paris tem sido alvo de outros ataques de menor proporção.

A violência em países estrangeiros porém, é pequena se comparada com as vítimas no Oriente Médio. De origem sunita, o EI persegue todos aqueles que não compartilham exatamente das mesmas crenças, perseguindo xiitas e pessoas de outras religiões. Além disso, costumes considerados incorretos são rigorosamente punidos. Vídeos de homossexuais são jogados de prédios ou queimados vivos são compartilhados pelo próprio Estado Islâmico. Por esses e outros motivos, grande parte do grupo já declara o grupo como terrorista, sendo que os Estados Unidos é a nação mais empenhada em destruir o Estado Islâmico.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O lado bom da religião na vida das pessoas

Obviamente que a religião possui um impacto positivo na vida de grande parte das pessoas no mundo, independente da crença que a pessoa segue. Isso porque a religião proporciona duas coisas que foram muito importantes na evolução da humanidade: um código de conduta moral e um propósito para a vida.

Um código de conduta

A maioria das religiões e crenças possuem suas características e ritos específicos, mas vamos pegar as duas maiores que possuem algumas coisas em comum: o cristianismo e a religião muçulmana. A característica em comum mais marcante dessas duas correntes é o fato de cada uma possuir um livro contendo as palavras sagradas. O cristianismo possui a Bíblia e os muçulmanos possuem o Alcorão. 

Ambos livros possuem códigos morais e de conduta que devem ser seguidos por todos aqueles que comungam da fé em questão. Por exemplo, o Alcorão prega que aquele que rouba deve ter uma de suas mãos cortadas. Já "Os dez Mandamentos" prega "Não roubarás". Ou seja, os dois livros definem códigos de conduta importantes para que o ser humano possa conviver em sociedade. Embora nem todos os comandos sejam obedecidos, como "Amar ao próximo como a si mesmo", muitos cristãos não cometem e não cometeram assassinatos no passado por ser pecado. 

Representação dos dez mandamentos.
Desse modo, é claro que esses códigos foram importantíssimos para o desenvolvimento da sociedade atual.

Um propósito de vida

O ser humano tem uma grande necessidade de obter respostas e de ter um propósito e um objetivo de vida. Desse modo, muitas pessoas encontram suas respostas na fé e na crença. E embora algumas pessoas sejam hipócritas que se dizem seguidoras de determinada fé, mas que de fato não vivem nada do que elas teoricamente acreditam, várias pessoas conseguem ser felizes e encontrar seu propósito em determinada fé, além de se agarrar a figuras divinas em momentos de dificuldades, o que pode ajudar essas pessoas a superar seus obstáculos.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

A importância da religião para a humanidade: o lado ruim

A religião e a humanidade: o lado ruim

É inegável que a religião desempenhou e desempenha um papel importantíssimo no curso da humanidade. A Igreja Católica era a instituição mais poderosa e respeitada da Idade Média, por exemplo. Inúmeras guerras já foram travadas por motivos religiosos, e no Oriente Médio, até hoje existem conflitos causados por diferenças de crenças. O Estado Islâmico utiliza da fé e das crenças para disseminar seus ideias extremistas e recrutar novos membros para alimentar seus atos de terror.

Mas o impacto da religião no mundo é positivo ou negativo? Afinal, a religião trouxe mais benefícios ou mais malefícios para a humanidade? Iniciaremos essa discussão nesse post e debateremos mais sobre o assunto nas postagens seguintes. Abaixo, alguns impactos negativos da religião no mundo.

Membro do Estado Islâmico

Guerras e conflitos.

Atualmente existem muitas guerras e conflitos causados por motivos religiosos. Ainda hoje, um homem matou mais de 50 pessoas em Las Vegas, nos Estados Unidos, sendo que o Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. Embora essa informação não possa ser confirmada, é inegável que milhares de pessoas morrem em conflitos no Oriente Médio, envolvendo a guerra que o Estado Islâmico trava com o seu objetivo de dominação, até mesmo os atos terroristas de diversos grupos ao redor do mundo. 

Porém guerras e conflitos religiosos não são novidade do mundo contemporâneo. No passado, as famosas Cruzadas causaram inúmeros conflitos e mortes ao longo de mais de dois séculos. Durante a formação da Inglaterra, o fato de os nórdicos possuírem uma religião diferente da dos saxões levou à diversas guerras que aconteceram ao longo de vários anos. Desse modo, é fato que a religião motivou e motiva inúmeros conflitos e guerras em todo o mundo.

Perseguição e preconceito

É de conhecimento geral que, no passado, a Igreja Católica queimava os considerados hereges e aqueles acusados de cometer crimes de bruxaria. Hoje, fica a cargo de religiões mais extremistas matar homossexuais. 

Porém, a perseguição e o preconceito nem sempre chegam a consequências tão extremas. Mas ainda assim, muitas pessoas sofrem preconceito por causa da sua sexualidade ou por possuir um modo de vida considerado inadequado. Esse assunto será abordado com mais cuidado no futuro, mas fica aqui uma breve introdução.

Indicação: 

Indicamos esse vídeo em que Caio Fábio discute os conflitos causados por ideologias religiosas: